quarta-feira, 13 de junho de 2012


Filosofia e  Robótica. 


“Não existe, a rigor, uma Filosofia da Robótica. A maior parte das discussões acerca do tema sugerem a partir da Filosofia da Inteligência Artificial que, por sua vez, mantém estreita relação com tópicos de Filosofia da Mente. Vejamos o porquê.”

            “Convencionou-se chamar de Inteligência Artificial (IA) o campo de pesquisa debruçado sobre a hipótese de se desenvolver sistemas computacionais capazes de exibir comportamento inteligente. A utilidade de uma tal ferramenta disponibilizaria não somente uma série de aplicações tecnológicas, mas também um modelo psicológico aulixiar no entendimento da mente humana artificial.”

            “A Robótica, por sua vez, esteve inicialmente ligada á engenharia mecânica e á eletrônica na produção de aparatos que possibilitassem ao ser humano expandir algumas de suas habilidades físicas, manipular materiais cujo contato direto fosse letal ao auxiliar na mecanização da produção industrial. O contato com a IA se deu após algumas décadas, quando tornar os sistemas mecânicos mais versáteis se tornou uma necessidade.”

            “A Filosofia da Mente é uma corrente filosófica que se alia ao rigor empírico das ciências biológicas, cognitivas e da informação ao debater, sob o prisma filosófico, problemas conceituais que dizem respeito á relação entre mente e corpo, ás possibilidades abertas pelas tecnologias de neuroimagem, ao papel da linguagem na atividade mental e cerebral, á tentativa de relacionar estados mentais a estados cerebrais ao conceito de consciência, dentre outros.”
            “A partir dessa breves exposições, parece lógico  admitir que raciocínios que se apliquem á Filosofia da Mente e á IA sejam, guardadas as devidas proporções, expansíveis á Robótica. Por que seria de interesse filosófico um campo do saber se debruçar exclusivamente sobre a Robótica? Que questões seriam essas que a Filosofia da IA não daria conta? O que é um robô para merecer tanta atenção?

Referencia; MACHADO, Nivaldo. VAZ, Rafael. Filosofia(s). editora, UNIDAVI, 2010. p  175,176 

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